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Blog AVG Signal Privacidade Sugestão Será que seu smartphone está te rastreando?
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Escrito por Colin Asher
Publicado em March 26, 2020

Por que coleta dados?

Rastreamento, que é uma forma de coleta de dados, é uma atividade extremamente lucrativa para as empresas. Seus dados são gerados a partir de tudo o que você faz na internet. São seus hábitos, e seus hábitos são seus interesses, e seus interesses valem dinheiro. Dados de usuários são chamados de petróleo do comércio digital.

Este artigo contém:

    Será que vale a pena voltar para o celular antigo?

    O rastreamento do telefone celular é somente um dos elementos da internet, também conhecida como o maior de todos os invasores de privacidade. Quando smartphones usam a internet, e até mesmo quando ocasionalmente não usam, eles coletam e transmitem informações sobre você. Mas será que o rastreamento do smartphone pode ser completamente resolvido simplesmente não usando este aparelho inteligente e interconectado? Bem, a verdade é que não, como Edward Snowden explicou certa vez, com internet ou não, todo tipo de telefone móvel faz um ping constante com torres de redes de telecomunicação transmitindo sua identidade exclusiva. Isso acaba criando um registro de onde você esteve. Dito isso, uma vez que a internet passa a estar envolvida nessa história, o rastreamento aumenta exponencialmente.

    Informações de localização coletadas por sensores do smartphone

    Como mencionado anteriormente, telefones celulares são basicamente dispositivos de rastreamento. E muitos smartphones, independentemente da marca, contam com diversos sensores integrados que podem dizer um monte de coisas. Quatro dos principais tipos de sensores são bússolas magnéticas, GPS, giroscópio (que calcula a posição do seu aparelho no espaço) e acelerômetro (que mede a velocidade na qual o smartphone está se movimentando). Esses sensores permitem a coleta de informações de localização.

    Informação coletada por aplicativos Android e iOS

    Informações sobre sua localização e outras coisas são coletadas pelo próprio smartphone e pelos aplicativos instalados nele. A forma como os dados são coletados e administrados variam conforme a marca do aparelho e do seu sistema operacional.

    Smartphones da Samsung, Sony e LG, entre outros, usam o sistema operacional Android, do Google. Ter uma conta no Google e estar conectado a ela no seu dispositivo móvel já te deixa vulnerável a rastreamento da sua localização e das suas pesquisas, especialmente considerando que os smartphones Android encorajam o uso de aplicativos Google, como Google Maps, que, por natureza, são ferramentas de rastreamento.

    A Apple tem uma reputação um pouco melhor do que o Google no que diz respeito à privacidade. Mas quando outros aplicativos entram em jogo, tudo fica muito mais complicado. E não caia na conversa mole da tal da "anonimização", que o Google e a Apple associam aos dados pessoais coletados. Com alguma coisa como dados de localização em mãos, não é muito difícil descobrir quem é você. Basta fazer um sequenciamento de dados que levam de ponto A pela manhã (provavelmente a residência de uma pessoa anônima) a ponto B (provavelmente o local de trabalho).

    Seus aplicativos te enganam

    Como se já não fosse ruim o bastante a coleta de dados por aplicativos nativos do seu sistema operacional, outros aplicativos provavelmente estão se divertindo às custas da sua privacidade sem você ficar sabendo. As empresas se escondem atrás de jogos semânticos para livrarem suas caras juridicamente e diante do consumidor, mas seja lá como chamam isso - compartilhamento de dados, retirada de dados, troca de dados, captura de dados, venda de dados - esses são apenas negócios como sempre foram feitos.

    Muitos aplicativos pagam para ter seus SDK (kit de desenvolvimento de software) instalados em apps de outras empresas. Isso permite que eles coletem todos os tipos de dados pessoais dos usuários a partir da outra empresa. Depois, como observa um especialista, um determinado aplicativo pode vazar esses dados para dez outros aplicativos.

    Por mais que você tente proteger sua privacidade com as desativações, você nunca saberá realmente quais exclusões especiais caem nessa área cinzenta, onde tantos aplicativos levam vantagem.

    Aqui vai apenas um exemplo: houve um momento em que a Apple concedeu ao Uber, o aplicativo de compartilhamento de viagens, permissão especial para gravar o que estava na tela do iPhone de um usuário. Sim, isso aconteceu.

    A coleta de dados é legal?

    Bem, sua legalidade é um caleidoscópio cheio de áreas cinzentas. Não devia ser tão complicado - caras empresas, não espionem seus clientes! - mas o gênio abusado da coleta de dados saiu da sua lâmpada antes que leis efetivas entrassem em vigor, e legislar nessa área tem se mostrado muito difícil.

    Mas uma vitória para a privacidade foi conquistada a duras penas na Suprema Corte dos EUA, quando a casa decidiu, em 2018, que o governo daquele país precisava de um mandado antes de acessar os registros de localização de telefones celulares. Casos anteriores da Suprema Corte resultaram em decisões que não exigiam mandados para obter essas informações.

    No entanto, essa decisão não se mostrou uma fortaleza muito resistente contra a área digital cinzenta mencionada acima. Por exemplo, a aplicação da lei tem usado outras tecnologias além dos dados de localização de telefones celulares, como grandes bancos de dados de reconhecimento facial vendidos por empresas privadas.

    Apenas diga "não" - as mensagens e configurações são adequadas?

    De acordo com Steve Jobs: “Privacidade significa que as pessoas sabem o que estão fazendo, em inglês simples e repetidamente.”.

    Bem, isso é melhor do que nada. É melhor do que esperar que você tenha que abrir seu caminho no meio da selva das configurações do Google para tentar ajustar sua privacidade e acabar tendo um colapso mental como o Coronel Kurtz, no filme Apocalypse Now. Mas será que queremos ser bombardeados constantemente com permissões disso ou daquilo, mesmo com textos extremamente claros?

    Será que uma pessoa não pode caminhar pela rua sem ter que checar constantemente uma caixinha que diz “por favor não me assalte”?

    Veja os cookies de rastreamento. Desde que o GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) foi aprovado, residentes da União Europeia tem sido constantemente confrontados com a escolha de uso de cookies ao visitar novos sites, o que é bastante exaustivo, mas muitas dessas mensagens são confusas e falhas, levando os usuários a simplesmente clicarem em aceitar por estarem frustradas. Mas é assim que as coisas acontecem na internet, já que ela sempre nos oferece algo que não podemos recusar.

    O que posso fazer para limitar o rastreamento?

    As redes cibernéticas são vastas demais para que seja desembaraçada por qualquer inteligência mortal. Mas seja positivo: aqui vão algumas dicas para recuperar sua privacidade onde for possível.

    • Pode parecer simples, mas a melhor política continua sendo a limitação do seu engajamento com a infinita variedade de aplicativos para smartphones. Use somente aqueles que você precisa e quando for preciso.

    • Desative os “serviços de localização” nas configurações do seu smartphone. Use isso apenas com os aplicativos que realmente precisam dessa informação e somente durante o uso do mesmo.

    • Reflita sobre o navegador que você utiliza. Quer você use um dispositivo móvel ou um PC, o Google Chrome adora rastreamento e, portanto, não é a melhor opção caso você esteja preocupado com sua privacidade. No lugar dele, procure navegadores que são otimizados para a privacidade, como o AVG Secure Browser.

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    Colin Asher
    26-03-2020